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A sutil arte de ligar o f*da-se, Mark Manson

Vou começar sendo bem sincera: eu não gosto muito de leitura da moda. KKKK. Mas vi tanta gente falando bem desse livro que acabei comprando.



À princípio, eu não gostei muito nas primeiras páginas. É uma linguagem extremamente informal, e ao meu ver, beirava o ridículo. Parecia forçado. Mas conforme fui lendo, vi o tanto de coisa boa que o autor tinha para oferecer.



A ideia não é te ensinar a ter uma vida desregrada e irresponsável, na qual você não se importa com nada nem ninguém, nem te tornar um inconsequente. Longe disso. Acho que uma das lições mais importantes que o autor tenta passar é para que a gente aprenda a definir prioridades. Se importar com o que realmente importa (der). Parece um conceito óbvio, mas não é não. 

Se a gente parar pra pensar, boa parte do nosso stress e sofrimento acontecem por razões bem ridículas. E mesmo que você tenha motivos para sofrer, não vale a pena o sofrimento.

Uma das partes mais marcantes para mim no livro é quando o autor fala que o que acontece conosco pode não ser nossa culpa, mas é nossa responsabilidade. Pensa bem. Quase nada do que acontece na nossa vida está sob o nosso controle. Teoricamente, somos isentos de culpa. Especialmente quando algo muito trágico acontece. Mas a responsabilidade diante daquilo é nossa. 

Eu escolho o que pensar, o que sentir, por quanto tempo e como vou reagir. É tudo responsabilidade minha. E isso se aplica tanto a pequenos incidentes quanto a perdas muito tristes. Exemplo: se alguém bater no seu carro estacionado em um shopping, a culpa não é sua. Mas a responsabilidade é. Você que escolhe chamar a administração, olhar a filmagem do estacionamento, acionar seguro, gritar com o gerente, xingar o vigia, se descabelar de ódio... tudo isso é escolha sua. Aí vai da sua maturidade e vontade de ter uma vida longa e cheia de paz ou não.

Pesado, né?

Outra parte que me chamou a atenção é sobre a dor. Se encaixa também nessa parte da responsabilidade. Mas eu achei por muito tempo que sentir dor era pros fracos, que eu deveria viver uma vida livre de sofrimentos. O que não é verdade, obviamente. A vida é uma sequência de pepinos pra gente resolver, e fugir deles ou agir como se não existissem só adia o problema pra mais tarde.

Se algo me dói, eu me permito sentir isso. Fim de relacionamento, morte de um ente querido, bater o dedinho na quina da mesa - não importa. Eu vivo esse sentimento, e eventualmente ele passa. Não adianta querer suprimir emoções, porque uma hora a gente explode - vai por mim. 

E isso se encaixa no que foi dito sobre a responsabilidade. Se eu estou mal, procuro sofrer esse momento de forma decente. Uma coisa é você chorar porque quebrou o dedo, outra coisa é ter um ataque de fúria e quebrar a mesa ao meio, entende? O fato da sua vida estar difícil não te dá passe livre para agir de forma maldosa com as pessoas ao seu redor. 

Enfim, é um livro que pretendo ler de novo daqui um tempo. É um leitura bem fluída, bem rápida, e honestamente acho que vale a pena.


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